Orvieto, com seus poucos mais de 20 mil moradores, é mais uma daquelas pequenas cidades da Úmbria que deve integrar qualquer roteiro de quem viaja por essa deslumbrante região.

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Hoje incorporada a Itália contemporânea, a cidade viveu inúmeros episódios marcantes. Do século VII ao III AC, data da anexação ao império romano, sagrou-se como a mais importante cidade da civilização etrusca. Durante a alta idade média, foi sucessivamente dominada por godos, bizantinos e lombardos. A partir do século XIV, tornou-se um dos muitos estados papais que proliferaram naquela ocasião. Essa riquíssima história, forjada ao longo dos séculos por distintas dominações e culturas, deixou marcas e raízes cujos vestígios, felizmente, podemos apreciar nos dias de hoje.

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Orvieto pode ser acessada de trem a partir de Roma, em uma viagem direta de cerca de uma hora e meia. Perugia pode ser considerada também um bom ponto inicial para quem quer chegar a cidade. O deslocamento, neste caso, leva uns dez minutos a mais e inclui uma troca de trem.

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Uma vez em Orvieto, a melhor maneira para atingir a parte alta da cidade, onde encontra-se o Centro Histórico, é utilizar o Funicular, localizado na Piazzale Matteotti, a mesma da Estação de Trem.

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A beleza da cidade e o panorama que ela oferece lá do alto já seriam motivos suficientes para o turista conhecer Orvieto, mas ela oferece muito mais que isso. Indicamos, abaixo, alguns dos programas altamente recomendados.

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- A atração central de Orvieto é o impactante Duomo, catedral cuja construção iniciada em 1290 se estendeu por mais de 300 anos. Sua fachada atual foi projetada pelo arquiteto Lorenzo Maitani e segue a arquitetura gótica-românica. Seus painéis de calcáreo e mosaicos de ouro representam cenas bíblicas que partem do Gênesis até o Juízo Final. Entre os séculos XVII e XIX, a fachada ganhou os azulejos dourados que chamam a atenção dos visitantes por refletir a luz solar ao fim da tarde. Em 1970, o artista siciliano Emílio Greco deu a forma atual aos portões da catedral, esculpidos em bronze com figuras femininas. A austeridade do interior do Duomo contrasta com sua entrada monumental. A exceção fica a cargo das capelas laterais, "Do Corporal", à esquerda, e notadamente a da "Madonna Di San Brizio", à direita. É nesta segunda que estão os belos afrescos do monge dominicano Fra Angélico, localizados na abóboda da capela, e o afresco do pintor renascentista Luca Signorelli “Sermão e Façanhas do Anticristo”, retratando o Juízo Final, considerada sua maior obra.

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- Outra atração imperdível é a Orvieto Subterrânea, uma cidade “invisível” composta por mais de 1200 cavernas, túneis, galerias para a captação hídrica, cisternas, adegas e passagens secretas para serem utilizadas em caso de ataque. Nela havia, ainda, espaços dedicados a atividades produtivas, tais como a feitura de azeite e vinho e a criação de pombos destinados a alimentação. Muitos desses espaços só foram descobertos nos anos 70 do século passado, e, desde então, novas áreas vem sendo incorporadas. Acredita-se que para cada casa acima da superfície, haja uma construção subterrânea.

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- Ainda no mundo submerso, mais um monumento digno de visita é o Poço de São Patrício, construído pelo arquiteto Antonio da Sangallo, o Jovem, entre 1527 e 1537, sob encomenda do Papa Clemente VII que se mudou para Orvieto, fugindo de Roma. O poço com 53 metros de profundidade, 13 metros de largura, 248 degraus e 70 janelas serviria para fornecer água para a cidade caso ela fosse sitiada.

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As visitas guiadas a esses monumentos submersos podem ser contratadas no Ofício de Turismo da cidade, localizado em frente ao Duomo.

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- Outro programa merecedor de uma visita é a Torre del Moro situada na Corso Cavour, bem no centro da cidade. Essa construção, datada de 1200, tem 47 metros de altura. Para atingir seu topo será necessário subir 250 degraus, sendo que apenas a parte inicial desse “tour de force” pode ser feita de elevador. Quem superar esse desafio terá como prêmio a deslumbrante vista da cidade e do vale que a contorna.

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- Uma visita a Orvieto não pode prescindir de um passeio descompromissado pelas charmosas ruas do Centro Histórico, em torno da Corso Cavour, onde existem lojas típicas, bares, restaurantes e enotecas.  Escolha um local, peça uma taça de vinho branco da região e desfrute. Se dispuser de mais tempo, e for apreciador de um bom vinho, vá até o Ofício de Turismo e informe-se para agendar uma visita a uma das vinícolas do entorno da cidade.