Gênova é uma cidade com cerca de 700 mil habitantes que abriga o maior porto marítimo italiano, liderando o comércio de mercadorias do norte da Itália. Embora não se encontre entre os principais pontos turísticos italianos, Gênova merece uma visita para quem estiver na região da Ligúria, da qual é capital. Nós, em particular, a visitamos a partir de La Spezia, que foi nossa base para conhecer as Cinque Terre. A viagem até Gênova leva pouco mais de 1 hora.

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Quem chega a Gênova para um passeio, logo perceberá o contraste entre a opulência de muitos de seus palácios e o descuido com alguns edifícios que clamam por uma restauração. Mas, ao nosso ver, a balança pende fortemente para o lado bom e convidativo.

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As principais atrações de Gênova encontram-se na área portuária e no centro histórico, que podem ser acessados a pé a partir da Estação de Trem Príncipe.

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Na sequência, falaremos um pouco sobre algumas delas.

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- Visitar a Catedral de São Lourenço, a mais importante da cidade, é um programa fortemente recomendado para quem vai  a Gênova. Ela foi construída no final do século XI, destruída pelo fogo em 1296 e reerguida em 1312. Desde então, vem sofrendo reformas e restaurações, que conduziram ao seu aspecto contemporâneo, onde podemos observar traços da arquitetura românica, gótica, barroca e neoclássica. Nesta igreja estão depositadas as cinzas de São João Batista, santo padroeiro da cidade, que foram trazidas a Gênova ao cabo da primeira cruzada.

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- Um dos marcos mais impressionante da cidade são os 42 palácios Rolli, desde 2006 considerados Patrimônio da Humanidade pela UNESCO. Eles, em sua maioria, encontram-se localizados na Via Garibaldi, antiga Strada Nuova, e pertencem a particulares. Destes alguns são ocupados por bancos e escritórios. Por outro lado, foram convertidos em espaços públicos, estando abertos à visitação os palácios Rosso, Bianco e Tursi, que integram o “Musei di Strada Nuova” com acervo de pinturas europeias dos séculos XVI ao XVIII. Também foram convertidos em espaços públicos a Galleria Nazionale di Palazzo Spinola di Pellicceria e o Museu do Palazzo Reale.

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- Uma coisa muito prazerosa de Gênova é andar a esmo pelos “caruggi”, nome pelo qual são conhecidas as ruelas que formam os 113 hectares de um dos mais vastos centros históricos medievais da Europa. Dentro deles existem residências, praças minúsculas, igrejas e “botegas” centenárias. Não se preocupe em usar GPS, você irá se perder de qualquer maneira. Apenas curta o passeio. Uma hora você se achará. Para quem tiver vontade de visitar a parte alta da cidade, a partir do centro, para ter uma visão panorâmica da região, fique atento aos funiculares. Os mais usados são o Funicolare Zecca- Righi e a Cremalheira de Granarolo, que sai da Estação de Trem Príncipe.

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- A tradicional zona portuária de Gênova foi amplamente restaurada pelo consagrado arquiteto Renzo Piano em 1992, como parte das ações de comemoração dos 500 anos de descoberta da América, convertendo-se na principal área turística da cidade. Essa área compreende como principais atrações: o Aquário de Gênova, com mais de 700 espécies marinhas, que recebe mais de 1 milhão de visitantes por ano; a Biosfera, uma réplica de floresta tropical; a Città dei Bambini, museu interativo para crianças de 2 a 14 anos, e o Bigo, elevador panorâmico que permite uma visão de 360 graus do porto e de seus arredores. Para quem tiver tempo e quiser andar cerca de 800 metros a partir do terminal de ferrys, chamado “Traghetti”, na extremidade da doca, irá encontrar o farol símbolo da cidade, a romântica e nostálgica Lanterna. Os visitantes, após vencerem 172 degraus, terão a melhor vista do porto e da cidade velha. Escolham as opções que mais lhe forem afeitas.

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- Por fim, durante suas andanças, na hora que quiser, no local que mais lhe atrair, não saia de Gênova sem degustar a “Focaccia” e uma pasta qualquer ao “Pesto”. São peças do patrimônio gastronômico da região que não devem ser descartadas de modo algum. Caso não experimente, os genoveses ficarão ofendidos e você arrependido.